Renildo dos Santos foi o primeiro vereador assumidamente homossexual do nordeste brasileiro. Em 10 de março de 1993, aos 29 anos, foi arrancado de casa, em Coqueiro Seco (AL), sequestrado por policiais e inimigos políticos, e morto de forma bárbara. Ele foi espancado e teve as orelhas, nariz e língua cortados; as unhas arrancadas e, depois, os dedos decepados. Além disso, suas pernas foram quebradas, ele foi castrado e teve um objeto introduzido no ânus. Levou tiros nos dois olhos e nos ouvidos. Para dificultar o reconhecimento do cadáver, os autores atearam fogo em seu corpo e o degolaram. O corpo foi encontrado no dia 16 de março, no município de Água Preta; e a cabeça, separada, foi encontrada em Xexéu (ambos, municípios pernambucanos).
O fazendeiro José Renato Oliveira foi indiciado como mandante; e o segundo tenente da reserva da Polícia Militar de Alagoas, Luiz Marcelo Falcão, como executor. O caso foi denunciado à Anistia Internacional, que, em janeiro de 1994, citou o crime em seu relatório sobre "violações dos direitos humanos dos homossexuais". Na Oceania, foi criado um prêmio de Direitos Humanos com o nome do vereador. O julgamento do caso ocorreu somente em 2006, treze anos após o crime. Foram condenados dois réus.