Paulo César Siqueira Cavalcante Farias (conhecido como PC Farias), ex-tesoureiro da campanha de Fernando Collor de Mello em 1989, foi encontrado morto com sua namorada, Suzana Marcolino, numa casa de praia no bairro de Guaxuma, litoral norte de Maceió, em 23 de junho de 1996.
Ninguém foi condenado pelas mortes, mesmo após a tese de duplo homicídio ter sido apontada em perícia e reconhecida pelo júri popular. O caso se arrastou por quase 18 anos, até que a denúncia contra os quatro policiais que faziam segurança na hora do crime foi apreciada em júri, em maio de 2013. Os ex-seguranças Adeildo Costa dos Santos, Josemar Faustino dos Santos, José Geraldo da Silva e Reinaldo Correia de Lima Filho responderam por duplo homicídio triplamente qualificado. Eles foram inocentados por clemência, o que acontece quando os jurados reconhecem a existência dos crimes acusados, mas decidem não punir os réus. Não há argumentação: eles apenas marcam uma opção dentro de um questionário. A denúncia também não trouxe à luz qualquer mandante. Hoje, Adeildo, Josemar e Geraldo estão aposentados pela Polícia Militar. Somente Reinaldo continua na ativa na instituição, em Alagoas.